Salve amigos do Major Sports, nesta quinta-feira última (21/06) aconteceu, no Brooklyn, o draft de 2018 da NBA. Uma classe onde algumas escolhas eram praticamente certas, algumas surpresas durante a seleção, e ao contrário do que aconteceu na NFL, pouquíssimas trocas bombásticas, trade ups e afins. Antes de entrarmos no assunto, se você tem dúvida de como funciona cada tipo de draft das 4 grandes ligas americanas, confira o super texto explicativo que fizemos e fique por dentro das características de cada modalidade: https://majorsports.blog/2018/04/21/especial-os-drafts-na-big-4/
Agora, vamos à analise do DRAFT NBA 2018. Passando para conferir os primeiros 30 selecionados:
1 – Phoenix Suns (DeAndre Ayton, C – Arizona)
O jogador que já é de casa e com confiança alta, pois só havia feito um único workout com o Suns na certeza de que seria escolhido mesmo com a sombra de Luka Doncic para atrapalhar os planos. O pivô de Arizona é uma máquina ofensiva, mas que deixa a desejar na defesa (Embiid deixou isso bem claro). Em uma equipe que procura por um rumo desde Steve Nash, Ayton tem os atributos para reerguer o Suns.
2 – Sacramento Kings (Marvin Bagley, PF – Duke)
Ala-pivô de muita força e ótimo atleticismo, Bagley era a escolha para um time que precisa de novos talentos no garrafão desde a saída de DeMarcus Cousins para NOLA. É mais um que terá espaço para brilhar na Califórnia, mas uma pergunta: escapará da maldição da pick #2 da NBA?
3 – Atlanta Hawks (Luka Doncic, SG – Real Madrid)*
*trocado para o Dallas Mavericks
E o esloveno que assombrou a Europa está na NBA. Não sendo a pick #1 que alguns imaginavam, mas pelo que apresentou e a desconfiança que os americanos têm dos europeus, o garoto chega com pompa e status de grande estrela. Ao lado de Dennis Smith Jr, formará um dos backcourts mais interessantes de se assistir na liga e terá como tutor ninguém menos que o mito alemão Dirk Nowitzki.
4 – Memphis Grizzlies (Jaren Jackson Jr, PF – Michigan State)
Memphis tentou negociar, chegou a ouvir ‘não’ tanto de JJJ quanto de Mo Bamba, não conseguiu o que queria e então trouxe o ala-pivô de Michigan State. Reboteiro nato (principalmente na tábua ofensiva) e ótimo pontuador próximo a cesta, JJJ será o novo companheiro de Marc Gasol no garrafão dos Grizz, além do time precisar de novas peças para esquecer a péssima temporada de 2018.
5 – Dallas Mavericks (Trae Young, PG – Oklahoma)**
**trocado para o Atlanta Hawks
Uma tacada pensando na reformulação na Georgia. Trae Young é um armador comparado a Stephen Curry por não ter cerimônia em arremessar de todos os cantos da quadra, além de ser um bom passador. Com a quase iminente saída de Dennis Schroder, Young é um forte candidato a novo protagonista da nova era dos Hawks.
6 – Orlando Magic (Mo Bamba, C – Texas)
E o pivô de maior envergadura de toda a história do combine da NBA foi parar no Magic. Sem Trae Young, Bamba era o melhor talento disponível (pivô das antigas com um acréscimo que ele acerta seus chutes de 3). Mantendo as tradições de grandes big men que passaram por lá como Shaq e Dwight Howard. Agora como encaixar Bamba e Vucevic? E ainda tem a questão do Aaron Gordon pedindo contrato máximo… Coisas do Magic.
7 – Chicago Bulls (Wendell Carter Jr, PF – Duke)
Uma escolha que divide opiniões (sejam boas ou ruins), fato era que Carter Jr era ‘bola cantada’ por tudo o que circulava em Chicago antes da seleção. O ala-pivô de Duke era uma das prioridades (mais até que Michael Porter Jr) no quesito de complemento de jogo para Lauri Markkanen, exímio chutador de três e de arsenal ofensivo muito bom. Só em quadra para um dos lados da torcida ter razão dos ‘prognósticos’.
8 – Cleveland Cavaliers (Collin Sexton, PG – Alabama)
E a troca de Kyrie Irving resultou em… Collin Sexton. Um dos melhores armadores da classe, foi a escolha dos Cavaliers para melhorar o elenco do atual vice-campeão. O menino fez até campanha, assim que foi escolhido, pedindo para LeBron James continuar em Ohio. Caso ele opte por sair, Sexton será o cara para o futuro dos Cavs.
9 – New York Knicks (Kevin Knox, SF – Kentucky)
Uma escolha segura para uma posição que não tem dono em NY (a não ser que em 2019 ainda acreditem em Michael Beasley). Knox é um ala produtivo, principalmente no ataque, mas que precisa ganhar mais corpo para o jogo da NBA (que vem com o tempo). Agora vaiar a escolha é completamente sem nexo.
10 – Philadelphia 76ers (Mikal Bridges, SF – Villanova)***
***trocado para o Phoenix Suns
Uma das histórias mais inusitadas da noite. A mãe do ala trabalha para a franquia e chegou até a comemorar a escolha do seu filho para o time, mas minutos depois ele foi trocado para o Arizona. Bridges é um ala completo e com bastante rodagem na NCAA. Um jogador mais desenvolvido para o jogo e ser uma das peças do novo e jovem Suns para os próximos anos.
11 – Charlotte Hornets (Shai Gilgeous-Alexander, PG – Kentucky)****
****trocado para o Los Angeles Clippers
SGA é um armador com boa visão de jogo e com características que o tornam um jogador 3-and-D. Pensando que o time de LA só tem Beverley com essas características (Teodosic e Lou Williams são mais ofensivos), Alexander pode ser uma alternativa. De todas as escolhas listadas, é o primeiro com grandes chances de ser mais um complemento de time.
12 – Los Angeles Clippers (Miles Bridges, SF – Michigan State)*****
*****trocado para o Charlotte Hornets
Um ala com bom aproveitamento em chutes de longa distância e que é conhecido por ser uma arma ofensiva dentro dos conformes. Não era a solução que irá ajudar os Hornets, tampouco ser o cara para uma eventual saída de Kemba Walker. Nicolas Batum de malas prontas para outra equipe? E sem DH12? Vai entender o que Michael Jordan quer.
13 – Los Angeles Clippers (Jerome Robinson, SG – Boston College)
Não aparecia entre os melhores da posição, mas os Clippers arriscaram. Ala-armador com médias de 20 pontos no universitário e adora chutes de longa distância. Não era projetado para sair com uma escolha de loteria, mas está feito. Outra arma ofensiva para Doc Rivers colocar em ação.
14 – Denver Nuggets (Michael Porter Jr, SF – Missouri)
Denver arriscou na bomba MPJ. Porter era um ala muito talentoso, chegando a ser comparado com Kevin Durant, mais uma cirurgia nas costas abreviou sua passagem no universitário, jogando apenas 3 partidas. Mesmo assim se elegeu para o draft e muitos times o deixaram passar desconfiados da lesão (inclusive há chances dele perder toda a temporada de 2019). Resta botar a bola embaixo do braço e jogar para apagar as desconfianças.
15 – Washington Wizards (Troy Brown Jr, SG – Oregon)
Mais brigador do que propriamente uma arma ofensiva. Brown chega para ser complemento de um time onde a posição já tem dono (Beal) e mesmo na ala também já está preenchida (Otto Porter). Uma escolha para aumentar as alternativas de Scott Brooks.
16 – Phoenix Suns (Zhaire Smith, SG – Texas Tech)******
******trocado para o Philadelphia 76ers
Ala-armador com aproveitamento muito bom nos chutes de quadra e defensivo. Smith será mais um do promissor e encaixado Philadelphia (que ainda quer o LeBron) para os próximos anos. Um complemento para um time acertado. Esse Phila vai dar muito trabalho.
17 – Milwaukee Bucks (Donte DiVincenzo, SG – Villanova)
Rodagem no college, explosivo e muito bom jogador. Um encaixe ótimo para um Milwaukee que precisava de peças para o backcourt, que conta com Bledsoe, Middleton, Dellavedova e Brogdon. Ótima escolha.
18 – San Antonio Spurs (Lonnie Walker, SG – Miami)
Um time com histórico de ser cirúrgico nas suas escolhas. Com Lonnie Walker, a pressão do mesmo ser um steal deste draft, aumenta as expectativas em torno dele. Um ala-armador mais disciplinado, que nas mãos de Popovich será muito bem lapidado. Só a cabeleira que dará adeus assim que chegar no Texas.
19 – Atlanta Hawks (Kevin Huerter, SG – Maryland)
E Atlanta mostrando que vai investir no perímetro. Huerter é um ala-armador com ótimos números nos chutes de quadra e que ama arriscar do perímetro, como Trae Young. Uma dupla bastante ofensiva para a próxima década em Atlanta.
20 – Minnesota Timberwolves (Josh Okogie, SG – Georgia Tech)
Ala-armador atlético e defensivo. A cara do que Tom Thibodeau gosta. Torcedor dos Wolves, se acostume. Será natural o processo. E se tratando de Thibs, tenham paciência já que ele não gosta muito de colocar os calouros para jogar no seu primeiro ano. Então considere como reforço a partir da temporada de 2019-20.
21 – Utah Jazz (Grayson Allen, SG – Duke)
Com o aval e a empolgação de Donovan Mitchell, Grayson Allen chega como mais um para reforçar o perímetro de Utah. Como dito por Michel Almeida: “é um jogador de catch-and-shoot, mas que tem pavio curto”. Se o mito falou, que somos nós para discordar.
22 – Chicago Bulls (Chandler Hutchison, SG – Boise State)
Quebrou os recordes de sua universidade e foi eleito o melhor defensor de sua conferência na última temporada. Além de ser bom na defesa, Hutchison sabe atacar e é outro que pode se tornar um ótimo 3-and-D. LaVine não terá seu pedido atendido por Chicago?
23 – Indiana Pacers (Aaron Holiday, PG – UCLA)
E enquanto o LaVar Ball tenta colocar seus filhos nos Lakers, a família Holiday vai comendo pelas beiradas. Agora os três irmãos estão na NBA: Jrue, Justin e Aaron. Holiday acabou caindo nas escolhas, mas foi draftado para o lugar certo. Indiana precisava de opções para ajudar Darren Collison.
24 – Portland Trail Blazers (Anfernee Simmons, SG – IMG Academy)
Uma escolha que não acresce no time, que vem do high school, e que ainda tem chão para trilhar. Havia a expectativa de uma troca na noite do draft, mas nada aconteceu envolvendo Simmons. Se ficar, será um dos backups da dupla Lillard-McCollum.
25 – Los Angeles Lakers (Moritz Wagner, PF – Michigan)
Alemão de bom chute de média de longa distância e bom reboteiro. Haviam outros nomes que poderiam complementar melhor o elenco angelino, mas Mo Wagner não é uma tragédia a níveis alarmantes. No aguardo do que Luke Walton fará.
26 – Philadelphia 76ers (Landry Shamet, PG – Wichita State)
Armador de ofício para compor o elenco dos Sixers. Para a posição, o time conta com nomes que oscilam demais e a armação em si já é de Ben Simmons. Shamet é a pedida para se afirmar na 1 depois da saída de Jrue Holiday (MCW não conta).
27 – Boston Celtics (Robert Williams, C – Texas A&M)
Era o jogador que faltava para fechar o elenco Celta: jogador para proteger a área pintada. Williams é um ótimo defensor, mas com histórico de lesões no joelho. Com as opções para suprir Al Horford, o pivô tem talento para se tornar a principal peça para ajudar o dominicano.
First Round – Classe de 2018
28 – Golden State Warriors (Jacob Evans, SG – Cincinnati)
Late round é assim mesmo: escolhe um e lapida. Evans sobrou e tem as características que encaixam no time de Oakland/San Francisco. Como a espinha dorsal do time não passará por mudanças, é jogador também para compor o elenco dos Warriors.
29 – Brooklyn Nets (Dzazan Musa, SF – Cedeveta/CRO)
O dono russo dos Nets sempre investe nos talentos do velho continente. Musa é um pontuador nato, mas que não deve vir para a NBA já em 2018. Deverá ficar mais um ano na Europa antes de chegar aos Nets.
30 – Atlanta Hawks (Omari Spellman, PF – Villanova)
E fechando a primeira rodada com um ala-pivô do atual campeão universitário e com a receita implementada em Atlanta. Spellman tem explosão física e bom chute do perímetro. Deverá compor o time também, já que John Collins e Dewayne Dedmon seguirão no garrafão dos Hawks.
Vitor @chaveatle Silva está se tornando mais do que multi tarefas, acompanhando NBA, NHL e copa do mundo, que orgulho desse nosso letrado.