Chegamos ao 15.º episódio de rivalidades aqui no Major Sports Blog.
A missão dada era pegar as grandes rivalidades que nem foram discutidas muito nas mesas de bar, somente nos momentos específicos em que cada um desses esportes estavam em evidência na memória dos aficcionados por esportes e listar aqui rivalidades de esportes diferentes, mas muito importantes para a história é o desenvolvimento das suas modalidades no âmbito mundial.
Selecionamos aqui 10 dessas grandes rivalidades que marcaram suas épocas e colocamos em um formato de Top 10 que não tem muita importância, afinal, são modalidades distintas e cada uma teve a sua relevância. Preparado? Então vamos lá:
#10 – Surf – Kelly Slater x Andy Irons
Bom, ninguém no mundo discute que Kelly Slater é o maior surfista da história, afinal são 11 títulos mundiais no currículo sendo 5 deles consecutivos. O cara continua disputando a liga mundial e ainda tira o sono da garotada contemporânea a ele, enfim, o cara é uma lenda viva!
Quando ele assumiu a hegemonia do Surf mundial, todos torciam para aparecer alguém que botasse no mínimo um pouco de competitividade ao campeonato, mas estava difícil, alguns até tentaram (como os Australianos Mark Ochipulo e Mick Fanning) até surgir o garoto do Hawai, Andy Irons. Irons é até hoje considerado por muitos o único que conseguia competir em igualdade com Slater, tanto que foi o único que conseguiu mais de 1 título consecutivo surfando contra Slater, foram 3 entre 2002 e 2004. Infelizmente a morte prematura de Irons o impediu de seguir a disputa contra Slater… e mesmo com novos nomes no circuito nunca uma rivalidade como essa foi vista novamente no esporte.
#9 – Vela Classe Laser – Robert Scheidt x Ben Ainslie
Quando o assunto é a Vela todo torcedor brasileiro tem a certeza de que medalhas em Jogos Olímpicos e Panamericanos surgirão. A Vela nacional é um dos esportes mais bem sucedidos da nossa história olímpica e um nome sempre vem a memória: Robert Scheidt!
Também, o cara tem 5 medalhas olímpicas (2 ouros na classe Laser) e 12 títulos mundiais, a maioria delas na classe Laser. Do outro lado Ben Ainslie também é um craque da vela, tem também 5 medalhas olímpicas (4 ouros!! em 2 classes diferentes) e 8 títulos mundiais. Que currículos não? Ambos foram homenageados com o direito de carregar a tocha olímpica nas olimpíadas nos seus respectivos países e também foram porta bandeira na cerimônia de abertura de jogos olímpicos pelos feitos nas águas do mundo.
Mas, a rivalidade começou de fato na raia de Atlanta 96. Scheidt vinha do seu bicampeonato mundial e era a estrela do momento, o cara a ser batido, e encarou um jovem Ainslie inspirado e motivado na sua primeira olimpíada e que tentou a todo custo chegar na medalha de ouro. Mas nessa final a experiência falou mais alto: ambos haviam ganhado 5 regatas cada de 10 disputadas, chegando ao desempate na 11.ª e grande regata final. Então, a experiência fez com que Scheidt induzisse o jovem britânico ao erro, ambos queimaram a largada dando o título ao brazuca na pontuação de desempate. O troco veio 4 anos depois quando o cenário era igual, mas com vantagem para o britânico. Então, Ainslie adotou uma tatica de “sombra”, que era ficar colado e realizando os mesmos movimentos do barco do Brasileiro, impedindo ele de se distanciar e vencer a última regata. Foram duelos muito bonitos, coisas de grandes heróis olímpicos e que entraram para a história… mas sempre saía faísca quando eles estavam na raia de competição.
#8 – Vôlei – Brasil x EUA (Geração de Prata)
No final da década de 70 e início da de 80 a guerra fria tomava todos os noticiários mundiais e não afetava só a população, mas também os esportes. Nessa época, vimos surgir uma geração de gênios do vôlei mundial idolatrados até hoje.
E por que citei a guerra fria? Por que os boicotes de EUA e Rússia (União Soviética na época) proporcionou ao time brasileiro de voleibol crescer e sonhar com coisas maiores como medalhas mundiais e olímpicas.
Outro fato marcante dessa geração, foi a realização do grande desafio de voleibol em 1983 contra a poderosa seleção da União Soviética – então campeã olímpica e mundial, que foi realizado no estádio do Maracanã, isso mesmo, no campo do estádio e a céu aberto. Uma forte chuva quase estragou o espetáculo e até mesmo os jogadores Soviéticos ajudaram a enxugar a quadra para a partida acontecer.
Quem viveu na época se lembra dos grandes duelos entre Brasil e EUA em todos os torneios, culminando com a final olímpica de Los Angeles 84.
Impossível esquecer da geração de William, Xandó, Montanaro, Renan, Amauri e Bernard (e o seu famoso saque jornada nas estrelas) contra uma seleção que tinha caras como Karch Kiraly, Douglas Dvorak e Steve Timmons.
Nossa seleção era fantástica e mostrou isso na primeira fase da competição quando meteu um 3 a 0 (15-10/15-11/15-2) neste mesmo time Norte Americano. Com essa vitória o Brasil passou de azarão a favoritáço ao ouro, os especialistas davam como certo o ouro do Brasil após essa vitória, ainda mais da forma como o Brasil jogou… Mas, como o mundo da voltas e os EUA era um time tão fantástico quanto o nosso, eles levaram o ouro em 84 com um acachapante 3 a 0 sobre nós (15-6/15-6/15-7), um verdadeiro passeio. Isso se repetiria 4 anos depois em Seul quando eles levaram o ouro novamente. Vale a pena buscar nas profundezas do YouTube o que jogavam essas duas seleções, você não vai se arrepender.
#7 – Golf – Arnold Palmer x Jack Nicklaus
O escritor Ian O’Connor no seu livro “Arnie & Jack” diz que a rivalidade entre eles era por que Nicklaus foi o maior de todos e Palmer o mais popular de todos e que um nunca conseguiria o que o outro conquistou, não importava o que fizessem.
Apesar dessa diferença ambos foram muito bem sucedidos no circuito PGA e conquistaram muitos títulos: Nicklaus ainda hoje é o maior vencedor de Majors da história, com 18 títulos, 3 a mais que o segundo colocado: o mito Tiger Woods. Já Palmer tem “apenas” 7 Majors e comparando com os Golfistas da atualidade, somente Tiger tem mais títulos que Palmer. Ainda, Palmer é considerado o responsável por quebrar o estigma de esporte de elite que o Golf tinha na década de 60, ajudando a popularizar o esporte através do seu carisma. Isso ilustra bem o que o autor escreve em seu livro.
Apesar de ser considerada a maior rivalidade do Golf Mundial e eles admitirem publicamente que eram rivais, na verdade eles sempre foram grandes amigos dentro e fora do campo. Eles competiam até em sessões de treinamentos, com disputas de quem dava o Drive mais longo e por ai vai. A amizade entre eles era tão grande que no dia em que ocorria um torneio qualificatório ao PGA em que Gary Nicklaus (filho de Jack Nicklaus) disputava uma vaga no circuito principal, Jack Nicklaus ao receber a notícia do falecimento da esposa de Arnold Palmer, decidiu abandonar o torneio e de torcer pelo filho para poder participar do funeral e homenagear a esposa do então rival.
#6 – Natação – Alexander Popov x Gustavo Borges
Não é de hoje que o Brasil tem tradição na natação, afinal já vencemos muitas medalhas, Olímpicas inclusive. Mas nem sempre foi assim. Até o surgimento de Gustavo Borges, o Brasil tinha medalhas apenas em modalidades de resistência como o Bronze de Tetsuo Okamoto em Helsinque 1952 e a Prata de Ricardo Prado em Los Angeles 1984, ai surgiu a nossa aptidão pela velocidade nas piscinas e a inspiração para o nosso maior nadador de todos os tempos: César Cielo.
Tudo começou então com Gustavo Borges, que veio chegando de mansinho, quebrando recordes continentais e levando o ouro nos 100 m livres no Pan-Americano de Havana as véspera dos jogos de Barcelona em 92. Em terras espanholas, ele se classificou para a final conquistando a Prata e conhecendo aquele que lhe frustraria nos anos seguintes em Jogos Olímpicos e Campeonatos Mundiais: Alexander Popov.
O nadador russo se tornou uma lenda na mesma velocidade em que Gustavo – e não só ele, mas uma legião de outros velocistas das piscinas, incluindo outro Brasileiro, Fernando Scherer, o Xuxa – vencendo tudo o que aparecia pela frente.
Eles disputaram duas finais olímpicas, Barcelona 92 e Atlanta 96, nos 100 metros livres com Popov saindo como o campeão e considerado o maior velocista de todos os tempos. Feito que se repetiria no Mundial de Roma em 94, sempre com Gustavo no pódio.
Com as frustrações das derrotas para Popov e o crescimento de Xuxa nas provas mais rápidas, Gustavo abandonou os 100 m e 50 m livres para se dedicar às provas de 200 m e revezamentos 4×100 m e 4×200 m, conquistando medalhas e recordes mundiais.
Apesar dessa vantagem do russo, os dois sempre travaram duelos acirrados e era sempre o duelo esperado pela torcida. Inclusive a final olímpica de Barcelona é um tanto quanto polêmica… com a decisão do tempo e a medalha de Gustavo saindo somente depois de muitas revisões dos juízes… ainda acho que ele tinha levado aquela (hehe)
#5 – Futsal – Brasil x Espanha
É simples… são as duas seleções mais vitoriosas do Futsal Mundial: o Brasil com 7 Mundiais (5 reconhecidos pela FIFA) e a Espanha dona de 2 Mundiais.
Mas tudo começou com o êxodo dos nossos craques para a liga espanhola após o nosso “bicampeonato” mundial em 1992.* Nessa época, nossos maiores craques jogavam do Futsal espanhol, nomes como o nosso capitão Vander Iacovino, Manoel Tobias, Fininho e Choco, todos titulares da seleção brasileira.
(* Digo “bi” entre aspas, por que para nós era o tetra dado que a competição da FIFA iniciada em 1989 é precursora do mundial da FIFUSA – iniciado em 1982 – em que o Brasil venceu duas das 3 únicas edições.)
A partir desse êxodo dos nossos melhores jogadores, o que se viu foi a crescente qualidade do Futsal Espanhol, culminando com a famosa Liga Espanhola. A partir daí o movimento foi o mesmo do futebol de campo para os nossos craques do salão: partir ao velho continente para jogar com os melhores e ganhar salários melhores.
Assim, começou a provocação entre as seleções tentando provar quem tinha o melhor Futsal do Mundo, até que em 1996 em plena Espanha, os dois times se enfrentavam em uma final épica no Palau Sant Jordi, em Barcelona, o Brasil se tornava Penta Mundial de Fustal (Tri para a FIFA) com um 6-4 em um jogo tenso, pegado.
No Mundial seguinte na Guatemala o cenário se repetiria, mas dessa vez o campeão foi o time espanhol, com uma vitória por 4 a 3. Detalhe: aos 35 minutos de jogo o Brasil fez 3 a 2… na sequência, os dois últimos gols da Espanha saíram de penaltis cometidos e convertidos aos 36 e 39 minutos de partida… Nos restou ouvir o trash talk espanhol…
Mas não parou por ai: quis o destino que as finais dos mundiais de 2008 no Brasil e 2012 na Tailândia fechassem com o maior clássico do Futsal Mundial: Resultado Brasil campeão em 2008 em uma disputa nos pênaltis épica que teve até troca de goleiro brasileiro só para as penalidades e Brasil campeão em 2012 na prorrogação com um golaço inesquecível de Neto, eleito o MVP do torneio.
Quer mais? Aguarde… por que o próximo mundial é no ano que vem na Lituânia e a promessa de vingança já está no ar.
#4 – Basquete Feminino – Magic Paula x Rainha Hortência
Até quem não conhece muito da história do basquete feminino nacional sabe quem são a Magic Paula e a Rainha Hortência. São simplesmente as duas maiores atletas da história do basquete nacional e reconhecidas mundialmente pelo que fizeram com a camisa do Brasil durante quase 20 anos de parceria e rivalidade.
Se vestindo a mesma camisa foram incríveis, quando estavam em times opostos a rivalidade atingia níveis inacreditáveis, a ponto de declarações como a da Rainha Hortência em entrevista, dizendo que a sua maior luta sempre foi pra ganhar do time da Paula, que isso sempre foi maior que qualquer coisa e o seu principal objetivo era ser melhor do que a Paula. Do lado de Magic Paula em uma entrevista ela cita que elas eram muito diferentes e as pessoas queriam que elas fossem as melhores amigas e que isso nunca aconteceu de verdade.
Durante os anos 80 e 90, ouvir “UNIMEP x MINERCAL” significava que haveria um duelo entre Paula e Hortência. Acho que foi a primeira vez na história que as cidades de Piracicaba (sede da UNIMEP) e Sorocaba (sede da MINERCAL) criaram uma rivalidade tão grande entre elas, mesmo com 107 km de distância as separando, que até parecia a rivalidade de torcida dos grandes times de futebol tamanho o tumulto nesses encontros dada a rivalidade criada em torno destas duas jogadoras.
A verdade é que essas duas lendas do basquete Brasileiro quando estavam juntas se complementavam e conquistaram coisas maravilhosas, como a famosa medalha de ouro no Pan de Havana (Cuba) em 1991, batendo as donas da casa na final – medalha esta que foi entregue pelas mãos de Fidel Castro, o tão esperado Mundial da Austrália em 1994 quebrando a hegemonia de União Soviética e EUA em mundiais – inclusive batendo as norte americanas na semifinal (este jogo até hoje registra o maior placar da história dos mundiais femininos – 110 a 107) e a inédita medalha olímpica de prata em Atlanta 96, quando as norte americanas devolveram a derrota do mundial.
A rivalidade destas duas lendas só fortaleceu e desenvolveu as capacidades técnicas das duas, não só fortalecendo o nosso basquete, mas nos presenteou com grandes espetáculos na época.
#3 – Judô – Kosei Inoue x Keiji Suzuki x Yasuyuki Muneta
Kosei Inoue Keiji Suzuki Yasuyuki Muneta
Aqui vai uma tripla rivalidade.
Em 2004, o Judô japonês dominava os quadros de medalha e sempre entrava muito forte nas principais competições. Apesar da maior estrela japonesa da era moderna do Judô (quando “inventaram” o Judogui azul) ser o fantástico Tadahiro Nomura (primeiro judoka tricampeão olímpico) que na época era bicampeão olímpico na categoria 60kg, a categoria que sempre chamou mais a atenção do público japonês era a mais pesada: +100 kg. Para deixar ainda mais evidente, um ano antes, em 2003 no Mundial de Osaka no Japão, 3 dos maiores atletas da história do Judô japonês foram campeões mundiais nas 3 categorias mais pesadas daquele torneio: Kosei Inoue (100kg), Yasuyuki Muneta (+100kg) e Keiji Suzuki (Open). O problema é que no programa dos jogos olímpicos de 2004, não existia a categoria Open deixando assim uma disputa acirrada pelas duas vagas olímpicas.
Durante a preparação os 3 astros se revezaram nas disputas das duas categorias nos torneios para que a comissão técnica da seleção definisse então quem seriam os dois titulares dos jogos olímpicos.
Então, para o torneio olímpico foram escolhidos* Kosei Inoue (100kg) e Keiji Suzuki (+100kg). Por obra do destino, Kosei Inoue, tricampeão mundial, campeão olímpico em 2000 e o lutador mais badalado do mundo caiu nas quartas de final, sendo eliminado precocemente, terminando os jogos sem medalha. Ficou então para Keiji Suzuki, vencer o ouro com tranquilidade na categoria +100kg… Já o gordinho Yasuyuki Muneta apenas participou como atleta reserva.
*Naquela edição ainda não existia o ranking mundial de atletas por categoria, logo, a escolha era técnica e particular da comissão técnica.
#2 – Tênis – Borg x McEnroe
Um classico do Tênis Mundial que marcou o coração de uma geração inteira de aficcionados pelo esporte da bolinha verde e até mesmo virou um filme (até que bom na minha humilde opinião).
Borg era a estrela da época dominando o circuito no final dos anos 70 e início dos 80, conquistando 6 titulos em Roland Garros e um incrível pentacampeontato (76 a 80) em Wimbledon, uma verdadeira lenda, elegante na quadra e que ficou marcado como o cara que mostrou como é que deveria se usar o efeito Top Spin. Já McEnroe era o jovem, o sangue novo, talentoso e temperamental que estava chegando ao circuito pedindo passagem. Quando chegou de vez, assumiu o domínio do circuito chegando a 7 majors (3 Wimbledon e 4 US Open).
Eles eram extremamente opostos em quadra. Enquanto o Borg era conhecido como IceBorg por ser frio e calculista em quadra, McEnroe era explosivo, deixava os arbitros de cabelo em pé com as suas reclamações e as raquetes quebradas, sempre! Ambos protagonizaram 4 finais emocionantes em Grand Slams e poderiam ter brigado ainda mais se não fosse a aposentadoria precoce de Borg em 1983. Apesar de consideramos como uma das maiores rivalidades dentro de quadra, o que a história conta de verdade é que fora das quadras eles eram muito companheiros e Borg era a inspiração do “moleque” McEnroe no início da sua carreira. A verdade é que será difícil vermos novamente um duelo desses em quadra.
#1 – Boxe – Muhammadi Ali x Joe Frazier
Ali x Frazier I Ali x Frazier II Ali x Frazier III
O que dizer dessa rivalidade? Os maiores de todos os tempos se enfrentaram 3 vezes e o título do confronto era “The Fight of the Century” (A Luta do Século) tamanha era a importância e o tamanho desse duelo. Enquanto Ali era o rei do “Trash Talk” no Ringue, Frazier irritava o adversário simplesmente o chamando de Clay ao invés de chamá-lo de Ali. Para quem acha que Mayweather versus Pacquiao foi uma baita luta, recomendo procurar no YouTube os vídeos desses 3 duelos entre Ali e Frazier e você vai se surpreender com a qualidade do boxe praticado por essas lendas.
Primeiramente é preciso dizer que em 8 de Março de 1971, data da primeira luta entre eles no mítico Madison Square Garden, Joe Frazier detinha os cinturões do Conselho e da Associação Mundial de Boxe e um cartel invicto de 26 lutas, sendo 23 knockouts e Muhammadi Ali era o campeão linear do The Ring e tinha um cartel também invicto de 31 lutas, sendo 25 knockouts.
A primeira luta foi até o 15.o round com a vitória de Smokin’ Joe (Frazier) por decisão unânime dos juízes. A luta foi tão impressionante que o experiente juiz da luta, Arthur Mercante SR com mais de 100 combates no currículo, comentou ao final da luta que os lutadores trocaram os melhores socos que ele já havia visto na vida. The Greatest (Ali) até dominou nos primeiros rounds, mas depois Frazier reagiu e chegou a colocar Ali na lona no último round, chegando a contagem até 4. Apesar da decisão unânime, a luta foi muito equilibrada até o final e é considerada até hoje como a melhor luta de boxe de todos os tempos.
Eles voltaram a se enfrentar em 28 de janeiro de 1974 novamente no Madison Square Garden para uma revanche e desta vez Ali venceu, também por pontos e em decisão unânime.
Chegou então o desempate. Marcado para acontecer em Manila nas Filipinas em 1 de outubro de 1975. Devido aos acordos comerciais a luta foi agendada para acontecer as 10h da manhã, horário local, na primavera tropical… imagine o calor! A reação dos pugilistas na época é de que a temperatura na arena era de uns 50 graus celsius, um forno!
Durante o combate, a luta foi franca e o desgaste de ambos era tão grande que era visível aos espectadores. Tanto que chegou ao final no intervalo entre o 14.o e o 15.o round quando o árbitro declarou knockout técnico de Frazier, temendo pela sua saúde, já que ele estava bastante castigado pelo combate. Assim, Ali foi declarado o campeão dos campeões.
A verdade é que nunca mais tivemos um duelo entre dois atletas tão dominantes, talentosos e tecnicamente nivelados, disputando um cinturão de boxe.
A lista inicial da redação ainda continha muitas outras rivalidades e certamente dariam um Top 20 mas escolhemos as mais acirradas e diferentes. Ficaram de fora rivalidades como Ben Johnson versus Carl Lewis no Atletismo, All Blacks versus Springboks no Rugby, India versus Paquistão no Criquete, Rio de Janeiro versus Osasco na Superliga de Voleibol Feminino, Karpov versus Kasparov no Xadrez, Anderson Silva versus Chael Sonnen no UFC e Jeff Gordon versus Dale Earnhardt na Nascar, só para ilustrar algumas das rivalidades debatidas até publicarmos essa versão.
E aí? O que achou da lista? Qual outra rivalidade você incluiria nessa relação?
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#Sports4Life